21 julho 2010

A: Quem é você?

B: Como assim, quem sou eu? Você me conhece...
A: Tem certeza? Não estou lembrada.
B: Claro que tenho. Sou eu, o amor.
A: Ah, então é por isso que me falhou a memória. Passei meses tentando te esquecer, e acho que consegui.
B: Me esquecer, porque?
A: Porque você não me faz bem.
B: Mas ninguém vive sem mim.
A: Oras, não seja pretensioso. Quem faria questão de te ter na vida? Você causa noites mal dormidas, lágrimas, falta de apetite, saudade.. resumindo: dores.
B: Compreendo o seu pensamento, mas não sou apenas isso.
A: Claro que é, eu senti na pele! Agora, xô, saía daqui.
B: Tem certeza que me quer longe? Você não faz questão de sentir borboletas no estômago, ter vontade de sorrir o tempo todo, sonhar acordada, cantarolar músicas, se sentir completar... resumindo: ser feliz?!
A: Ser feliz?! Isso, é claro que, eu gostaria.
B: Então...
A: Mas eu não sei quem faz isso... Espera, é você?
B: Sim! Não lhe garanto isso todo o tempo, mas, vale a pena às vezes em que as dores ocupam o lugar da felicidade, pois depois ela volta.
A: Ah...
B: Me aceita na sua vida novamente?
A: Sim! E você pode ficar pra sempre?
B: Isso não sou bem eu que o digo... Mas, afinal, a senhorita não se apresentou...
A: Eu? Sou apenas alguém que está descobrindo o que é o amor.

19 julho 2010

My dirty little secret.

Eu tenho um pequeno segredo. Talvez com uma irrelevante diferença do que seja pequeno para mim e para você. Nunca fiz questão de compartilhar-lo. Quando se compartilha um segredo, ele o deixa de ser? Enfim, não sei, e também não faço questão da explicação. Apenas sei que hoje o esconderijo onde estava o meu suave segredo não aguentou a pressão e explodiu, abrindo assim as portas para o mundo. As portas da minha boca, que foi por onde a voz escapou e fez as palavras saltarem. Ou seriam meus dedos os culpados dessa confusão? Estou cheia de dúvidas, não? Mas, eu fui lá e contei. Sem querer, ou não. A verdade é que eu gritei, pois não aguentava mais. Aposto que a curiosidade já lhes deve estar matando. Aquela história de que a curiosidade matou o gato é mentira. Matou também o cachorro, o rato, passarinho, o homem, a mulher... Eu sou uma mulher. Uma menina mulher, que virá a ser uma mulher menina, se todos esses sonhos que eu tenho me permitir, e cheia de segredos. Era sobre o meu pequeno segredo que eu ia falar, não, é? Pois, meu bem, esse segredo já não lhe convém. Zip.

"Diga-me tudo o que você jogou fora. Ache jogos que você não queira jogar. Você é o único que precisa saber. (...) Eu lhe contarei meu pequeno segredo sujo. Não conte a ninguém ou você será só outro arrependido. Espero que você possa guardá-lo."

08 julho 2010

A amarelinha que ficou escondida.

É engraçado como a gente cresce, e não percebe, ou até se perde. Há pouco tempo (pelo menos é o que parece...) brincávamos de boneca; assistíamos desenho animado; queríamos ganhar tudo o que desejávamos, e na hora em que a gente mandava. Jogávamos queimado e pique bandeira; saíamos acompanhados dos pais sem nos importar, fosse para o cinema ou para o parque de diversão; enchíamos a pança de chocolate, batata-frita, refrigerante e nem aí para o nosso peso e não nos preocupávamos em passar no colégio, já que o que queríamos mesmo era aprender. Só que hoje não é assim. As coisas mudam, a gente muda, tudo muda. As bonecas foram substituídas pelos beijos na boca, e algumas meninas ganharam até a sua boneca real; vemos Big Brother Brasil e outras coisas super produtivas na televisão (conhece a palavra ‘irônia?), em vez de pegar um livro e ler; economizamos (ou pelo menos tentamos), pois sabemos como a situação está difícil. Não se pode mais ficar na rua, pois é perigoso e ninguém mais quer sair de casa pra se divertir, porque acha mais legal ficar em enfurnado na frente do computador. Sair com os pais, nem pensar, preferimos não sair a ter que levar os nossos 'velhos' com a gente; comer então, nem se fala, qualquer coisinha só é ingerida após conferida a sua quantidade de caloria e passar no colégio agora é a coisa mais sofrida do mundo, porque preferimos não fazer nada, do que "perder" o nosso tempo estudando... E a maior mudança (e preocupação) de todas: o ano do vestibular. Mas sobre isso eu falo em algum outro post, é um assunto maior, ao qual quero me aprofundar.

03 julho 2010

Te deixar ir, mesmo sem querer.

O que mais me atormenta agora, não é o fato de eu ter chorado todas as minhas dores, causadas por esse amor não resolvido, na sua frente, mas, sim, por ter alegado que eu vou te esquecer, o que não é verdade. Eu nunca vou te esquecer! Só que eu não posso mais ficar falando aos quatro ventos sobre como eu te amo, te quero, te desejo, te aspiro, te venero. Agora, eu tenho que fingir que você é apenas um qualquer na minha vida. Não poderei mais citar seu nome. É tão triste, que eu perco até as palavras, me enrolo nos pontos. Nos pontos da vida, do coração. Queria que as lágrimas que caem dos meus olhos, a todo momento, levasse esse pesadelo, mas, não... Sei que você sempre vai estar comigo, e o pior, é que eu não quero que você me deixe.

(Esse texto é antigo, só o postei pois não tinha outro para postar haha Beijos, lindos e lindas. Ah, desculpe-me o atraso para responder os comentários, farei isso agora!)