25 julho 2011

Em compasso de espera.

Eu sei, eu sei, meu anjo. A culpa não foi sua, mas me entenda, muito menos minha. Aconteceu. Acho que nem ela esperava por isso. Não.. Não adianta, todo mundo sabe quem você realmente ama, quem você realmente quer, e não sou eu. O que você sente por mim é uma amizade, um apego que aconteceu com o tempo, mas passa, passa sim. Então, agora, é melhor eu seguir o meu caminho, e procurar alguém que me queira tanto quanto você a quer, porque se eu continuar nesse meio, quem vai se machucar, unicamente, sou eu. Vai, anjo, abre as asas. Voa pra ela. Eu ainda estou aprendendo a voar. Mas já já estarei pelos ares. Obrigada por tudo.


Com carinho, (sua) B.

14 julho 2011

A quinta estação.

E lá estava ela sentava na cama, menina dos cabelos morenos, com as pernas dobradas, papel e caneta na mão, escrevendo, entre uma tragada e outra. Escrevendo sobre ele. Sobre aquele que não merecia nenhuma palavra se quer, nenhum pensamento se quer, e principalmente, nenhum sentimento se quer. Mas era impossível, não só para aquela garota apaixonada - que suspirava de amores em plena quinta feira de madrugada -, mas para grande parte da população. Apesar do amor que a menina exalava, e as palavras bonitas, que naquele momento eram colocadas no papel, o dia de amanhã não seria tão agradável assim. Seria o dia do fim. O dia em que ela terminaria a sua história com aquele que ela desejava que fizesse parte do seu ‘e viveram felizes para sempre’. Mas não seria. Até porque final feliz existe apenas em contos de fadas. E sinceramente, aquela menina, hoje mulher, não acreditava mais em contos de fadas, e não queria um final agora, porque ainda tinha muita coisa pra viver. Muito tempo para esquecer aquele seu eterno monstrinho que a conquistou. Muito tempo para se descobrir, e se amar, e se cuidar. O resto do tempo que sobrasse, ela pensaria, em talvez, entregar para alguém, mas bem lá no futuro. Mas esse alguém ia ter que merecer. O que era (quase) impossível, assim como era (quase) impossível não suspirar em plena quinta feira de madrugada por um amor que estava para se acabar.

04 julho 2011

You're the only exception.

Você sabe tanto de mim. Me conhece tão bem, que as vezes chega a me assustar. Mas também, não é pra menos, né? Há quanto tempo você está ao meu lado nessa estrada?! Há quanto tempo eu tenho você comigo parar sorrir e falar ‘nossa amizade é invencível. ’?! Claro que tem sempre aquelas brigas, aqueles xingamentos, aquela vontade de mandar você sumir de vez e que exploda o mundo, porque eu não preciso de você. Sorte a minha que certos desejos insanos meus nunca acontecem, porque se você sumir da minha vida, conseqüentemente, eu sumo também. Porque você sou eu, e eu sou você. Somos um só, e isso ninguém vai poder negar, porque todo mundo sabe, todo mundo vê. E é você aquele amigo que dorme agarradinho comigo quando eu to mal, que fica a madrugada inteira me ouvindo falar da mesma coisa, que aceita os meus ataques e crises de ‘não me toque’, e que vem sempre de braços abertos quando a única coisa que eu preciso é um cantinho para me aninhar e chorar. Porque é você que fala as verdades mais pesadas na minha cara, pois só assim que eu vou perceber o quanto estava me enganando e tentando ir pelo caminho mais fácil, sendo que não era o correto. (...) Às vezes fico reclamando aos quatro ventos porque que eu não fui me apaixonar por você, seria tão mais fácil, tão mais sem dor, tão mais feliz, porque por você valeria a pena. Só que aí eu paro e penso que se houvesse aquele amor de homem e mulher, e não de amigo e amiga, você não seria tão perfeito, e ai não teria graça.