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16 fevereiro 2016

1º dia em Buenos Aires - câmbio, translado hotel>aeroporto, onde comer.

Após aquela confusão toda - leia a Última Chamada e você irá entender - chegamos em Buenos Aires pelo aeroporto Aeroparque que é mais perto do centro de Buenos Aires do que o Aeroporto de Ezeiza - mas a escolha não foi nossa, foi do Hotel Urbano mesmo, onde compramos o pacote.

  • Câmbio.
Nããão troquem dinheiro no Brasil! Sério, todo mundo que eu conheço que trocou no Brasil antes de viajar teve prejuízo. Lá eu fiz amizade com um casal que trocou R$ 1 a $ 2,40. Isso é muito pouco comparado com o valor que estava valendo.

Trocamos um pouco do dinheiro ainda no aeroporto Aeroparque, afinal, precisamos de pesos argentino para chegar no hotel, né? Então ficamos numa fila um tanto grande e pegamos a cotação de R$ 1 = $ 3,60. Ao trocar o dinheiro você se sente rico, mas não se anime, pois as coisas lá em Buenos Aires não funcionam nos valores iguais ao do Brasil. Por exemplo, só um hamburguer no McDonalds é $ 33, um prato em um restaurante $ 160, e por ai vai.. Tudo (ou pelo menos 99%) tem acima de 2 digitos.

A verdade é que eu troquei pouco dinheiro no aeroporto, porque acreditei que a cotação estaria muito mais baixa do que nas casas de câmbio, mas ao que parece, depois que trocou o presidente de lá, ele liberou o mercado de câmbio, então o câmbio paralelo - que é o câmbio que funciona fora dos meios oficiais - não é mais tão vantajoso. Isso é, na Calle Florida tem um monte de gente gritando "CAMBIOOO, CAMBIOOO, CAMBIOOO" o dia inteirooo praticamente, mas não sei se é legal trocar o dinheiro com esse pessoal na rua não. Soube de histórias na qual o dinheiro era falso. Mas de qualquer forma, depois que sai do aeroporto, mais próximo ao meu hotel, eu fui trocar o resto do dinheiro no Cambio Brazucas, o qual eu já vinha acompanhado na internet, pois eles postam a cotação todo dia. Lá também estava R$ 1 = $ 3,60. Hoje, no entanto, está R$ 1 = $ 3,70.

Agora uma dica que, infelizmente, só fui perceber depois: não troquem todo o dinheiro, fiquem com alguns reais no bolso também, porque tem restaurantes que aceitam o pagamento em real e a cotação, as vezes, é melhor. Por exemplo, eu consegui R$ 1 = $ 3,60, né? E tinha restaurante fazendo R$ 1 = $ 4.

  • Aeroporto ► Hotel.
Como eu falei na postagem anterior - na qual ensinei a montar roteiro, lugares e transporte - eu sou do tipo que prefiro andar de ônibus, quando isso é possível. Então tinha me programado todinha para ir do Aeroporto Aeroparque (o Ezeiza, como também citei anteriormente, é bem longinho para ir de ônibus para o centro) de ônibus para o hotel. 
Sabia que teria que conseguir moedas, pois só aceitavam o pagamento assim no ônibus. Ai compramos (plural, eu e meu namorado rs) uma água lá porque estavamos com sede e precisavamos de moedinhas - já que esquecemos de pedir as moedas na hora do câmbio -, mas ainda assim não tinha dado os $ 16 ($ 8 de cada) da passagem, então compramos uma cerveja absurdamente cara no aeroporto, maaaas ainda assim não tinhamos os malditos $ 16 em moedas.
Já no desespero pelas moedas, fui perguntar na banca se o moço podia trocar para mim ee... Ele me informou que os ônibus não estavam mais aceitando moedas, só cartão SUBE - expliquei tudinho sobre o SUBE na postagem anterior, corre lá pra ver - mas adivinha? No aeroporto não vendia o cartão. 
Me indicaram pegar o ArBus, um ônibus executivo com ar, wifi, etc que sai a cada 30 minutos do aeroporto e deixa os passageiros em pontos fixos pela cidade e são $ 30 por pessoa. Seria ótimo, pois nos deixaria próximo ao Obelisco que fica próximo ao nosso hotel. Porééém, o pagamento só poderia ser no cartão de crédito, e já tinha tomado um susto com a compra internacional que fiz nas passagens de barca de Buenos Aires para Montevidéu, então resolvi não arriscar em ficar a mercê da cotação do dólar.
ENFIM, resumindo: tivemos que pegar um táxi mesmo. Preferimos não pegar na saída do aeroporto e fomos andando um pouquinho mais pra frente, e lá pegamos um táxi. Veja bem:
  1. Se você tiver carão (eu fiquei com vergonha) insista para o taxista ligar o taximetro, pois a maioria não liga e quer dar um valor fixo.
  2. Esse valor fixo, geralmente, é absurdamente alto. Eu paguei $ 150 para o centro, o que é um valor razoável levando em conta os valores cobrados no "preço fixo", mas ainda sim poderia ter saído mais parado no taximetro, de acordo com que o pessoal lá me falou.
  3. Apesar de ser obvio que você não é dali, por estar chegando com mala e com cara de perdido no caso estou me descrevendo haha dê uma pesquisada antes para saber informar certinho a rua na qual está o seu hotel, de preferência a rua dele e a rua que a corta, por exemplo, o meu ficava na rua Lavalle com a rua Esmeralda, então, "voy a Lavalle y Esmeralda" ou algo do tipo.
Agora na volta para o aeroporto, tente reservar algum táxi e pechinchar! Estavam cobrando em torno de $ 600 do centro para o aeroporto Ezeiza (aquele que eu disse ser longe), mas o casal que fizemos amizade lá, conseguiram desenrolar pra gente por $ 400. ;)

  • Onde comer.
Olha, uma das minhas preocupações antes de ir para Buenos Aires era onde comer bem e sem gastar muito, pois só via as pessoas falando em comidas a partir de $ 150 por pessoa. Porém, em um dos instagrans de Buenos Aires que eu seguia, comentei perguntando se com $ 70 pesos eu conseguiria fazer as minhas refeições e apareceram duas pessoas lindas falando que dava sim, mas não me indicaram o local haha De qualquer maneira, já me animou para procurar direitinho por lá, e eis que o meu primeiro achado foi na Pizzaria Kentucky: 2 pedaços de pizza de mussarela + 1 pedaço de fainá (prova, é gostoso! lá eles comem isso com a pizza) + 1 copo de gaseosa (é refri, gente!!!) ou chopp, isso tudo por apenasssssssss $ 48 (tem uma foto láá embaixo desse lanche). Então, sim!! Da super para comer bem e por menos de $ 150. Então, dêem uma olhadinha antes de sentar para comer! E cuidado que tem alguns lugares que cobram o servicio de mesa, para você não ficar esperando um valor e esquecer de somar com isso. 
Os meus achados, além desse que eu citei agora, foram:

1 pizza grande + 1 coca-cola 2 litros = $ 90 (dividindo com 3 pessoas, $ 30 pra cada)
2 empanadas (é tipo um pastel ou um trouxinha. delicioso!) + 1 copo de refri = $ 41
1 prato ótimo e cheio em um self-service = $ 75
1 hamburguer + 1 refri + 1 batata frita pequena = $ 79

A cerveja Quilmes compramos no Carrefour. Simm, tem Carrefour lá, mas é laranjinha a cor rs Se não me engano, estava $ 18 cada garrafa litrão, e tivemos que pagar + $ 21 pelos cascos (foram 3), mas guardando a notinha fiscal e dentro de 3 ou 5 dias, não lembro, você pode devolver a garrafa vazia e trocar esses $ 21 por algum produto no mercado.

Roteiro do 1º dia.
Friso, novamente, que estava localizada na rua Lavalle, próxima ao Obelisco e que cheguei no hotel em torno das 16h, então o roteiro do dia foi:

1. Pousamos no Aeroparque, trocamos um pouco de dinheiro no Banco de la Nácion Argentina e pegamos um táxi para o Hotel Regis.
2. Chegamos no hotel, guardamos as malas e fomos trocar o resto do dinheiro no CambioMais Brazucas.
3. Compramos e recarregamos o cartão SUBE.
4. Pegamos o nosso primeiro ônibus, com a ajuda do "ComoLlego" rs e fomos na Plaza Houssay, onde fica o Campus BA e lá que eu havia marcado a retirada do cartão VOS (feito previamente na internet, falei dele no post anterior também!) mas o sistema deles não estava funcionando. Então paramos um pouquinho na praça e ficamos vendo os cachorrinhos lá. E sabe o que tinha nessa praça além de muitos cachorros? haha Uma bicicleta que, conforme você pedalava, ela recarregava o seu celular!!! E qualquer um podia usar (só precisava do cabo pra conectar).
Plaza Houssay.
5. De lá fomos andando até a livraria El Ateneo. É um lugar essencial para quem é amante de livros como eu, pois era um antigo teatro que agora é a segunda livraria mais linda do mundo, de acordo com o jornal The Guardian. E realmente, lá é encantador! 
Livraria El Ateneo Grand Splendid.
6. Resolvemos voltar andando para o hotel, olhando os prédios e parando em duas pracinhas para descansar e apreciar o verde um pouquinho. :)
Primeira praça que paramos após a livraria - Não lembro o nome.
Segunda praça que paramos após a livraria - Não lembro o nome.
7. Chegando já próximo ao hotel, começamos a procurar um lugar para lanchar/jantar. Encontramos a pizzaria Kentucky com uma pizza deliciosa e o barata! Aquela que citei no tópico "onde comer".
Lanche na Pizzaria Kentucky para 2 pessoas. Isso em cima da pizza é a fainá. 
8. Do ladinho tinha um Carrefour, então passamos lá para comprar umas cervejas Quilmes (não sou muito fã de cerveja, mas essa me ganhou rs). Lembrem-se do que falei sobre o valor do casco comprando no mercado, viu?

9. Na volta para o hotel, demos uma parada para ver melhor o Obelisco e fomos para o hotel descansar - pois os nossos pés já estavam doendo bastante rs - e curtir o fim da noite abraçadinhos em nossa primeira viagem em casal para outro país :P
Foto que EU tirei e meu namorado postou como se fosse dele (reclamo mesmo haha).

Eeeeeeee é isso! Vejo vocês no roteiro do dia 2. Besos! :)



11 fevereiro 2016

Última chamada.

O despertador tocou as 6 horas da manhã e Yolanda logo levantou. Após 3 meses planejando a sua viagem com o namorado para Buenos Aires, o dia havia chegado. Estava animada! O pacote de viagem havia sido comprado com saída por São Paulo, por ser mais barato que saindo do Rio de Janeiro, o que a levaria a ter que pegar um voo do aeroporto do Galeão - RJ para então fazer a conexão em Guarulhos - SP. O voo com destino para São Paulo estava marcado só para as 9:02h, e como a menina levantou as 6h, daria tempo, pois o BRT vai direto sem trânsito. Porém, Yolanda esqueceu que o BRT Semi-Direto (o que vai mais rápido até o Galeão) demora para chegar, esqueceu também que precisa embarcar até 15 minutos antes do horário, e não que poderia despachar a mala até esse tempo. Resumindo, as 7:45h ela pegou o BRT junto com o namorado, 8:30h chegaram no Galão, 8:35h ficaram perdidos procurando onde ficava a companhia pelo qual iriam para SP, 8:40 encontraram o guiche e foram informados que o embarque já havia sido encerrado, 8:41h Yolanda desatou a chorar e o namorado não sabia o que fazer.
No desespero ela correu para tentar alterar o vôo por outro, através da mesma empresa na qual haviam perdido o avião, porém, só seria as 14h, sendo que seu voo para Buenos Aires sairia as 12:06h de Guarulhos, ou seja, não daria tempo. Olhou na tabela de horários de voos que piscavam lá no alto.

- Olha, tem um as 9:47h na Gol!

E correu para o guichê, mas antes de se animar, soube o preço e de$i$tiu. Ela e o namorado, em seguida, começaram a analisar o dinheiro que já haviam investido na viagem, então, o que é um peido para quem já está cagado? resolveram comprar. Mas adivinha?

- Senhora, esse voo agora já foi fechado para embarque, o próximo só 10:30h.

Mas 10:30h não daria para Yolanda chegar a tempo para o voo internacional. E, novamente, desatou a chorar, enquanto a atendente a olhava com pena, ligou para a sua supervisora e pediu para abrir uma exceção. Conseguiu.

- Mas a senhora tem que correr!

E eles correram e embarcaram para SP. Já no avião relaxaram apenas nos 20 primeiros minutos, pois depois descobriram que o pouso seria realizado no Terminal 1 e o embarque para o próximo voo seria no Terminal 3. Vocês sabem o tamanho do aeroporto de Guarulhos? Yolanda descobriu naquele dia, sorte que estava de tênis de corrida. Porque ela correu, correu muito, e foi na frente sozinha para tentar "segurar" o voo, enquanto seu namorado aguardava na área de retirar mala, pois esta já estava demorando mais de 20 minutos. Ao chegar no Terminal 3, surpresa: o embarque já havia sido encerrado.

- Moço... (respira)... (chora)... Por favor... (chora)...

E Yolanda descobriu naquele dia que chorar adianta, sim, pois mais uma exceção lhe foi feita, e a deixaram embarcar. Só precisava que o seu namorado chegasse em 20 minutos. Foi a espera mais longa de sua vida - na verdade, qualquer espera que esteja ocorrendo, sempre é a mais longa - Entretanto, Leandro, seu namorado, apareceu ofegante, mas em tempo e correram para embarcar.

Acabou? Não, infelizmente. Quando estava para entrar no avião, informaram ao Leandro que ele poderia passar, já que o haviam liberado na Policia Federal, mas que, com certeza, não o deixariam entrar na Argentina com aquela identidade toda rasgada e acabada e ele teria que voltar.

Quase 4 horas de agonia até Buenos Aires para saber se todo aquele desespero, choro e nervosismo iriam ter sido em vão por causa de uma identidade rasgada.

- Senhoras e senhores, pouso autorizado.

Pousou. Fila de espera para passar pela Policia Federal da Argentina. Espera, longa e infinita espera de 10 minutos. 

- Certeza que se a gente cair naquele atendente ali, ele vai barrar. - Yolanda pensou, mas não falou, pois não queria preocupar mais ainda o namorado. Es que o tal atendente chamou, e cairia bem na vez deles, porém duas amigas que estavam na frente resolveram se separar, indo cada uma para um guichê diferente, o que livrou o casal do atendente-que-certamente-iria-barrar, caindo em outro tranquilo. Então...

- Bienvenidos a Argentina, señores!


Poderia ser só uma história louca, mas foi o inicio da minha viagem de carnaval. No próximo post conto a parte legal :)