04 outubro 2010

Beija eu, me beija. E deixa o que seja ser...

Já era tarde. Eles tinham que se despedir, pois cada um seguiria seu caminho, e estes eram diferentes. Ela ia procurar mais farra. Ele ia para a casa. “Tchau” foi o que ela disse, e ele repetiu em seguida, mas nenhum dos dois se mexeu. Ficaram ali, se olhando durante algum tempo. Muito tempo? Pouco tempo? Impossível saber quando se esta perdida nos olhos de alguém. Foi então que ela se mexeu para se despedir direito, dando-lhe um beijo na bochecha. Outro beijo na outra bochecha. Um terceiro beijo estava por vir, mas esse em um lugar especial. Aproximaram-se, sem mesmo perceber. Porém, quando suas bocas estavam quase se encontrando - coisa que haviam ansiado a noite inteira - bateu um vento, e o cabelo da menina voou sobre a sua face, impedindo que a boca dele acertasse a dela, batendo na trave. É... Talvez não fosse mesmo para acontecer. Ela riu sem graça, e ele também. E então sem querer, mas o tendo que fazer, ela foi embora, reclamando com o vento o motivo de sua direção. E o menino ficou ali, esperando a sua carona chegar.

(...) Mas, talvez, esse não fosse o fim. Apenas o começo.

02 outubro 2010

Me pega, mas não se apega!

Era essa frase do título que estava escrito ontem na camisa de um menino lá na Lapa. Eu fiquei olhando e acabei pensando em mim e nos meus rolos... Eu já tive um coração mole. Mais mole que pudim de leite. Mole, mole, mesmo, sabe? Apegava-me fácil, apaixonava-me fácil, entregava-me fácil e sempre para pessoas que não estavam nem aí para mim, do tipo que só me queriam por diversão ou que simplesmente nem me queriam. Minhas amigas me chamavam de 'mulher de malandro' por causa disso, já que quando aparecia alguém que fazia questão de mim, eu não fazia questão da pessoa. Só que não é assim... Eu simplesmente não tenho culpa de sempre quem se interessa por mim, não conseguir chamar minha atenção de um jeito que eu fique ansiosa para ficar junto daquela pessoa. Acabou que com o tempo meu coraçãozinho foi ficando menos mole, menos mole, até que... Não, ele não virou um coração de pedra! Agora ele é simplesmente um coração normal. Não se entrega fácil e se protege. Porque, convenhamos, não achei meu coração no lixo para entregá-lo para qualquer imbecil que cruzar o meu caminho. (...) Ironicamente, a minha amiga que tinha um coração de gelo, arranjou certo alguém que com o calor do afeto está conseguindo contornar a situação e derreter o coraçãozinho dela. E para esses dois, eu desejo toda a felicidade do mundo!

19 setembro 2010

'We are young, we run free.'

Assim é bem melhor. Sem segredos, sem mistérios. Pratos sujos em cima da mesa, agora limpos estão. Um jeito de recomeçar, uma vontade de recomeçar. É só tentar e fazer por merecer. Porque a verdade sempre é certa. A mentira só atrapalha, confunde, machuca, sempre acaba em dor. Feche seus olhos, respire, pense em tudo e reflita. Fale o que está sentindo. Tudo. Mas ouça também. Ouça devagar e com atenção, para que não haja erro de interpretação. Porque não é só no final que tudo vai dar certo, no meio também pode dar. Viva, mas viva de verdade.

"We are young, we run free
Stay up late, we dont sleep
Got our friends, got the night
We'll be alright"

13 setembro 2010

Por falar em saudade, onde anda você?

Essa tal de saudade que bate na porta, as 4 da tarde, e leva a minha paz. Essa tal de saudade, que vem de repente, e que mexe comigo e gruda demais. Essa tal de saudade que me deixa pensando no que já passou e não volta mais, com aquele gostinho na boca, de quem quer de novo. Essa tal de saudade que fica no peito, me tira o sossego, sem as vezes eu saber saudade de que. Essa tal de saudade...

10 setembro 2010

Não fique (longe), por favor!

Eu tenho medo de ficar desejando que o tempo passe rápido, para que assim eu não tenha mais que te ver todos os dias, e não tenha que ficar escondendo e guardando isso tudo que eu ando sentindo por você. Medo de ficar desejando que a vida nos separe. Você seguindo seu destino na América do Norte, e eu indo para a minha Europa, que tanto me espera. Talvez desejar o ser amado do outro lado do Globo Terrestre, seja uma atitude insana. Mas não é. Eu só não quero mais viver esse nosso momento, que é só meu, que só eu vivo. Que dói. Porque eu cansei de escrever essa nossa linda história de amor que não existe, mas que cisma de ficar surgindo na minha cabeça, sem veracidade alguma, sem autorização. Doce ilusão, saía de mim! Enquanto o calendário se nega em mudar correndo os meses, eu vou desejando para que apressem os ponteiros dos relógios. E, pensando bem, talvez seja melhor que a amizade não continue, por mais que isso seja egoista da minha parte. Que você simplesmente guarde lembranças boas da nossa amizade, da cumplicidade que nós tivemos no colégio, e nada mais. Espero que você não sinta saudades, pois assim não vai resolver me procurar em um dia qualquer, ou mandar um recado, ou quem sabe pior: me ligar. Não me ligue. Não posso ouvir a sua voz após tanto tempo longe de você, se não, você vai me fazer a pessoa mais feliz do mundo. Mas por pouco tempo. Porque depois eu vou lembrar de tudo que eu nunca te disse. Do meu amor. Do meu medo. Da minha insegurança. Da minha falta de coragem. Afinal, por mais que a gente nunca desse certo, como eu ansiava, eu pelo menos podia ter me arriscado, porque não se pode ter certezas sobre o sentimento, ainda mais quando é o de outra pessoa. E, então, a culpa vai me dominar por nunca ter deixado as palavras, que o meu coração tanto queria que o seu ouvisse, saíssem da minha boca: eu te amo. Antes eu tivesse contado, porque mesmo que em seguida eu ouvisse um “obrigado, mas você é minha amiga”, eu pelo menos teria tentado ser feliz com você.

06 setembro 2010

Alô, alô, Rio de Janeiro, aquele abraço!

Engraçado como um feriadão pode mudar a gente. Uma ida para a casa da mãe no Rio. As amigas de Niterói na mala. Os amigos do Rio na espera. A vontade de esquecer certos suspiros, e recordar outros. Um chuveiro sem poder ser utilizado. Caça ao banho na casa de alguém. Uma cervejada da rapoza com z. Um beijo. A zoação sobre o beijo. E depois mais beijos. Uma marca no pescoço. Dormida na mesa do Habibs. Escolher entre Lapa ou Couto. Acabar indo para a casa. Discussão sobre quem está com o dinheiro. Caminhada de madrugada no meio da rua até o ponto de ônibus. Ir ouvindo um pagode dos antigos na van. Chegar. Chorar por um banho. Cogitar a piscina do prédio. Descobrir que o chuveiro de casa já está funcionando. Pular de alegria. Horas no banho. Cama. Acordar. Ficar preocupada com a amiga que foi para o hotel com um amigo. Fudeu. Ou não. Espero que não literalmente. Fofocar. Implorar para todas ficarem. Sobrar uma. Caçar outro chuveiro. Banho. 30 ônibus até chegar na esquina aonde o vento faz a curva. Show do ex namorado. Só gente estranha. Pela primeira vez se sentir a mais normal. Babar pelo ex namorado na bateria. Que orgulho. Voltar para a casa. Longe, bem longe. Resolver ir para a Couto. Vinho. Esbarrar com o beijo da noite anterior. Ser ignorada. Ignorar. Reclamar. Chegar em casa e ver um pedido de amizade no orkut. Se contentar. Banho. Dormir. Ficar na dúvida sobre voltar para Niterói, e assistir as aulas da manhã e da tarde, ou continuar no Rio. Decidir ficar. Guerra para escolher o que fazer. Cinema, então. Shopping muito cheio. 20 minutos para sair do estacionamento sem pagar. Corre. Parmê. Ficar gritando 'muito legal'. Falar coisas nojentas. Rir que nem uma favelada. Dar 5 centavos de troco. Voltar para a casa. Brigar por não querer ir sozinha na Couto. Chegar na Couto e esta estar muito cheia.. de espaço vazio. Fazer o que. Ficar na Couto 1 hora. Voltar para a casa. Escrever no blog. Recordar como o Rio de Janeiro é lindo. Como sou feliz aqui. Esse é o meu lugar. Saber que sexta-feira tem mais. Muito mais.